Rodrigo Hernández • "Pasado"
Rodrigo Hernández • "Pasado"
Rodrigo Hernández • "Pasado"
SALAS 7 E 8
SALAS 7 E 8
SALAS 7 E 8
SALAS 7 E 8
O que é o passado e como o sentimos? Uma construção sempre
incompleta? Uma experiência íntima ou coletiva? Que ficções e verdades estão
contidas no passado?
Sem
responder a estas perguntas, mas apontando sentidos para as suas respostas,
Rodrigo Hernández dirige-se ao passado na sua língua mãe, o espanhol mexicano.
Fora do tempo linear, "Pasado" é uma elegia, uma poesia melancólica e íntima
inspirada pela coleção pré-colombiana do museu.
A
montagem “indisciplinada” de objetos, artefactos e obras de arte evoca o
universo surrealista, mas também o projeto colonial-moderno nas Américas. Longe
da razão transparente e universal europeia, sob o sol dos trópicos, alude-se ao
mundo de ambiguidades linguísticas que fundou uma integração forçada de
sistemas de mundo distintos. Significados e significantes à deriva, em disputa.
Num
efeito de dominó, os objetos remetem uns para os outros. Uma escultura
pré-colombiana permite imaginar um nexo com uma máscara em pasta de papel
feita pelo artista. Uma escultura de ferro, também da autoria de Hernández,
evoca o esqueleto de um dinossauro. O Alfabeto Africano de José de Guimarães
inspira as formas de uma instalação em três dimensões. São gestos que
ultrapassam o limite da fantasia histórica, para se transformarem em fantasia
artística.