Virgínia Mota • Diário Atmosférico
Virgínia Mota • Diário Atmosférico
Virgínia Mota • Diário Atmosférico
SALA 4
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“Atmosférica”
é a propriedade daquilo que é gasoso ou que exprime a noção de vapor.
Nos últimos meses, em que a pandemia agudizou
o nosso estado de alerta sobre o mundo, Virgínia Mota (Matosinhos, 1976) abriu cadernos,
pintou imagens e disponibilizou os conteúdos das páginas na sua conta de
Instagram. Diariamente, fomos vendo a emergência de mundos e de modos de ver mundos,
através das imagens coloridas e redondas. Montanhas, rios, vegetações, nuvens,
chuva, mar… uma infinita conjugação de verbos, rememorações e afetos.
No museu, a experiência das imagens toma a forma de um diário
distribuído no plano horizontal das prateleiras, acentuando um continuum entre
o tempo da exposição e o da experiência. Desviar a atenção para a atmosfera,
para as nuvens e para o gasoso estado das coisas do mundo é, na verdade, uma
espécie de pedagogia onde a interpretação cede lugar à atividade indisciplinada
do devaneio e da deambulação.