Para a consecução desta ambição, o CCC, desde 2012, tem-se revelado equipamento primordial enquanto espaço de especulação criativa e ponte de ligação com os artistas. Parte da história da arte contemporânea em Portugal tem tido um forte contributo de Guimarães, quer ao nível do investimento no processo criativo (coproduções) quer ao nível da disponibilização de recursos (CCC), gerando a perceção de novas centralidades para as artes no país e atraindo cada vez mais a procura de uma faixa etária jovem e criativa, que assim induz no território um novo conhecimento e um contributo identitário forte.
O CCC tem alimentado o crescimento de vários festivais, permitindo realizar uma série de ações com a população e mesmo fora deles organizar momentos de relação com os artistas em residência, contribuindo para a coesão social e o empoderamento das pessoas neles envolvidas. As residências artísticas continuarão ligadas às coproduções mas também à possibilidade de outro tipo de colaborações, seja o apoio direto a projetos sem apresentação ou através da cooperação com entidades que nas suas ações prevejam o incentivo à criação no domínio das artes e se revelem interventivas nesse desígnio no seu território.
O Centro de Criação de Candoso constitui-se assim enquanto unidade programada com atividade regular permanente, acolhendo em residência cerca de 25 projetos por ano, na sua grande maioria por artistas portugueses mas já com procura internacional, presença que começa gradualmente a fazer-se notar como fator valorativo para o intercâmbio entre artistas nacionais e internacionais. (PAO)